De acordo com o plano estratégico
de desenvolvimento sustentável do município de Tarrafal, um município com um
litoral tão bonito, com baías maravilhosas e praias magníficas terá que ter
como vertente principal de Desenvolvimento o Turismo. Apesar do clima e da
falta de água não propiciarem uma agricultura fácil como em outros Países com
chuvas frequentes e graus de humidade elevada, muito ainda se pode fazer neste
domínio. O mesmo se aplica á pesca que ainda utiliza métodos quase que ancestrais.
No entanto este Plano
contém um outro enorme desafio! Um desafio transversal a toda a Sociedade
Tarrafalenses e às Administrações Central e Local! Que num prazo entre 10 e 15
anos, a “futura Cidade” do Tarrafal seja a Capital da Qualidade de Cabo Verde.
Qualidade nos Serviços Públicos, Qualidade na Hotelaria e Restauração,
Qualidade nos Mercados Municipais, Qualidade no Comércio, enfim Qualidade na
relação entre o Cliente (e somos todos clientes!) e o Produto ou Serviço da
Entidade prestadora.
Este deverá ser um
Desígnio Local e Nacional e considerado pelo Governo e Câmara Municipal como um
Projecto-piloto em Cabo Verde, e como tal não deverá haver grandes dificuldades
em conseguir meios financeiros para a sua implementação nas Parcerias Internacionais,
nomeadamente na Parceria Especial União Europeia – Cabo Verde. A implementação
deste ambicioso objectivo contribuirá, sem dúvida, para uma ainda melhor imagem
de Cabo Verde e da sua Governação no contexto Internacional.
As questões
relacionadas com a segurança também deverão ser consideradas prioritárias, pois
podemos ter magnificas condições para o Desenvolvimento Turístico, mas se a
actual situação persistir ou piorar, não haverá investimento em novos
equipamentos hoteleiros e os actuais verão as suas taxas de ocupação diminuírem
cada vez mais. Esta dura realidade deverá ser percepcionada por toda a
Comunidade Tarrafalense e em especial pelo Ministério da Administração Interna,
primeiro responsável nestas matérias.
O tempo de execução de
um Plano com estas características, 5 Eixos Estratégicos, 23 Programas e 206
Projectos, varia entre 10 a 15 anos. Este grau de variabilidade tão grande está
relacionado com a “velocidade” da disponibilidade das verbas necessárias e o
grau de empenhamento dos diferentes parceiros, como se verá adiante no Capitulo
dedicado á Implementação. No entanto muitos projectos não necessitam de verbas,
e a sua implementação trará enormes benefícios para o seu “público-alvo”.
Poder-se-á dar o exemplo do Conselho Local de Acção Social. Trabalhar em rede é
um dos “segredos” de actuação nesta área. E quando os meios são poucos é
obrigatório trabalhar para a máxima rentabilização dos poucos meios humanos,
financeiros e equipamentos existentes.
Fonte: GISCI













